quarta-feira, 23 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

RENATO VASCONCELOS


Natural de Caratinga, Minas Gerais, Renato Vasconcellos, 48 anos, é pianista, compositor e arranjador, radicado em Brasília desde 1974. Formado em Educação Artística pela Universidade de Brasília. Fez mestrado em Performance com ênfase em Piano Jazz na Universidade de Louisville-Kentucky (EUA).Atualmente leciona no Departamento de Música da Universidade de Brasília. Vasconcellos recebeu do Governo do Distrito Federal, a Medalha do Mérito Cultural, em 1999, em reconhecimento à sua obra “Suíte Brasília”, considerada uma das três mais importantes músicas compostas em tributo à Capital Federal desde sua fundação em 1960.

Como pianista, já serviu a grandes nomes da música popular brasileira como Maria Bethânia, Simone, Zizi Possi, Leni Andrade, Beto Guedes e Carmem Costa. Também esteve ao lado de instrumentistas brasileiros do porte do trombonista Raul de Souza, do guitarrista Toninho Horta, do trompetista Márcio Montarroyos, e do saxofonista Nivaldo Ornelas. Como arranjador, seu trabalho foi requisitado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, grupos de Música de Câmara, “Big Bands”, bandas de rock e MPB, mostrando sua versatilidade nos mais variados estilos musicais. Foi também convidado pela Rede Globo para arranjar e dirigir a “Orquestra Canta Cerrado” que acompanhou os artistas concorrentes do Festival Regional de mesmo nome em 1997. Como diretor musical, seu trabalho está registrado em inúmeros CD´s coletâneas produzidas em Brasília como: “Brasília, uma Antologia Musical” (1990) e “Confraria de Canções” (1999). Em 2002 e 2003 Renato Vasconcellos integrou o corpo docente do Festival Internacional de Música Popular Brasileira, a convite da Câmara Municipal da cidade de Santo Tirso, em Portugal. Desde 2006 é membro da IASJ, Associação Internacional de Escolas de Jazz, atuando como músico e palestrante em encontros nos EUA (2006) e na Itália (2007). Recentemente retornou dos EUA onde lecionou e fez palestras sobre a Música Popular Brasileira, na Marshall University, West Virginia, como parte de um intercâmbio com a Universidade de Brasília.

YAMANDÚ COSTA



Um dos maiores virtuoses do violão brasileiro da nova geração, Yamandú Costa nasceu na cidade gaúcha de Passo Fundo. Filho da cantora Clari Marson e do trompetista e violonista Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços, Yamandú cresceu em meio à música. Aos quatro anos, quando sua família apresentava-se num bar em Porto Alegre, seu pai chamou o garoto ao palco para cantar. Aos sete, Yamandú - que em tupi-guarani significa "precursor das águas" - começa a aprender os primeiros acordes no violão. Após dois anos, quando apresentava-se com um primo num bar de Maceió (AL), Yamandú descobriu aquilo que iria tornar-se a base de sua música: o improviso. Suas maiores influências são Tom Jobim, Astor Piazzolla, Radamés Gnattali, o violonista argentino Lúcio Yanel, o som regional gaúcho e canções tradicionais latino-americanas. Em 2001, venceu o 4º Prêmio Visa de MPB. Em sua apresentação no Free Jaz, no mesmo ano, arrancou múltiplos aplausos da platéia, mostrando com energia seu estílo e presença de palco. Ainda naquele ano, lança “Yamandú”, seu primeiro trabalho, produzido por Maurício Carrilho. O segundo álbum, “Yamandú Ao Vivo”, saiu pela ABGI, em 2003. No ano seguinte, o violinista se juntou a Paulo Moura, o mestre do clarinete e do saxofone, no disco “El negro del blanco”. Como prova de reconhecimento, o instrumentista recebeu o Prêmio Tim de Melhor Solista, em 2004. O trabalho mais recente de Yamandú foi um DVD lançado pela Biscoito Fino, em 2005. A apresentação, gravada ao vivo no Sesc Pompéia, em São Paulo, mostra todo talento do jovem instrumentista em 15 interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas. Nas apresentações do Piri Jazz Festival Yamandú vai estar acompanhado do violinista francês Nicolas Krassik e do baixista Guto Wirtti.


Krassik é formado em música erudita pelo Conservatoire National de Region d'Aubervilliers-la Courneuve, e em Jazz pelo C.I.M. (Centre de Fomation Musicale de Paris). Acompanhou o pianista Michel Petrucciani em turnês internacionais (incluindo o Festival de Montreux), com o qual gravou o CD "Marvellous" em 1994. Participou de gravações de trilhas sonoras para Cinema e TV, e de CDs com diversos artistas europeus. Atualmente vivendo no Brasil , gravou dois cds com vários convidados , como João Bosco, Yamandu Costa , Hamilton de Holanda , entre outros. Na atuação no cenário musical carioca participou nos CDs de: “Nome Sagrado” da cantora Beth Carvalho em homenagem a Nelson Cavaquinho; Argemiro Patrocínio, da Velha Guarda da Portela produzido por Marisa Monte e Paulão ‘7 cordas’; Café Brasil II” do grupo Época de Ouro, e gravações para trilhas sonoras de cinema e TV.

Guto Wirtti, jovem musico do interior do Rio Grande do Sul. anos, começou a tocar violão aos seis com seu pai que é cantor e compositor de musica regional. Aos doze anos influenciado pelo pai que tinha em casa alguns instrumentos se interessou pelo contrabaixo e fez desse o seu predileto. Depois de viver 2 anos em Salvador tocando com músicos locais foi para o Rio de Janeiro. Hoje toca com alguns dos grandes nomes da musica instrumental brasileira como:Yamandu Costa, Leo Gandelman, Gabriel Grossi, Daniel Santiago, Otavio Castro, Mariana de Moraes, entre outros .

SAMBAJAZZ TRIO


O Sambajazz Trio possui três grandes diferenciais: a fluência e o virtuosismo do pianista Kiko Continentino, a alegria e o ritmo contagiante do contrabaixista Luiz Alves (que tantas páginas vêm escrevendo na história da música brasileira) e o fenômeno Clauton “Neguinho” Sales, que além de baterista e excelente trompetista, inventou uma forma genial de tocar simultaneamente os dois instrumentos. Não se trata de “jogo de cena”, mas sim uma forma brilhante de tocar e improvisar em dois instrumentos absolutamente distintos, com extrema precisão e musicalidade.

No repertório, além de músicas autorais, um passeio por grandes compositores do samba, MPB, bossa-nova e chôro: de Tom Jobim, Marcos Valle, João Donato e Dorival Caymmi a Ary Barroso, Cartola, Pixinguinha e Villa Lobos. Com arranjos originais, os músicos desenvolvem uma fusão de todos esses estilos, reconectando fios desligados desde os anos 60, época em que se fazia no Brasil um som impregnado de bom gosto e modernidade. Naturalmente, essas informações são transportadas para uma nova perspectiva, tornando o som atual.

Este trio está fazendo história no Brasil e exterior, por seu trabalho excepcional e de muita categoria. Recentemente o grupo realizou concertos na Europa e Norte da África, com grande sucesso. Seus integrantes, da mesma forma, estão entre os mais requisitados e respeitados instrumentistas da música popular brasileira. Kiko Continentino é reconhecido como excelente músico ao lado de grandes estrelas da MPB também como arranjador e produtor musical.

Há mais de dez anos ele integra a banda de Milton Nascimento. Participou do CD “Gil & Milton”, excursionando com os artistas pelo mundo afora.Tocou com alguns dos principais nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Djavan, Guinga, Leny Andrade, João Bosco, Seu Jorge, Emílio Santiago, Marcos Valle, Toninho Horta, Erasmo Carlos, Edu Lobo, Chico Buarque, Paulo Jobim, Nelson Ângelo, Pepeu Gomes, Erasmo Carlos, Ivete Sangalo, Fernanda Abreu, Maria Rita Mariano, Nivaldo Ornelas, Mauro Senise, entre muitos outros. Vem Também se tornando um especialista na obra do compositor Antonio Carlos Jobim. No ano 2000, foi convidado a compor o Quarteto Jobim Morelenbaum (substituindo Daniel Jobim, neto do Tom), recebendo convite para se apresentar no exterior.

Luiz Alves igualmente está associado aos grandes astros da nossa música, já tendo tocado e gravado com: Tom Jobim, Dori Caymmi, Edu Lobo, Carlos Lyra, Leny Andrade, Nana Caymmi, Jonnhy Alf, Gal Costa, Chico Buarque, Toninho Horta, Mauro Senise, Sivuca, Naná Vasconcelos e muitos outros. Essa presença constante é a responsável pelo título de preferido por nove entre dez dos maiores músicos brasileiros. Desenvolveu trabalhos de estúdio, gravando com Paulo Moura e Hélio Delmiro, tendo oportunidade ainda de excursionar por diversas capitais brasileiras. Gravou o CD Circense, um dos mais respeitados trabalhos da discografia de Egberto Gismonti. Em 1970 formou com Milton Nascimento e Wagner Tiso o Som Imaginário. Considerado ainda um dos melhores da atualidade (é um mestre do swing no contrabaixo acústico), Luiz vem se desdobrando como baixista do Sambajazz trio, do quarteto de Maurício Eihorn e do trio de João Donato (com quem excursionou recentemente pela Europa, Rússia, Estados Unidos e Japão), além de shows e gravações com muita gente boa.

Mais conhecido pelo apelido “Neguinho”, o músico Clauton Sales é um fenômeno dos mais raros já vistos na cena instrumental brasileira. Filho de um músico que trabalhava em diversas bandas do estado de Pernambuco, Neguinho começou cedo no trompete e logo depois no trombone. Sua escola foi tocar vários estilos, entre eles o frevo, ritmo pernambucano que exige bom preparo técnico e de difícil execução instrumental. Com um timbre bonito e aveludado, muita originalidade na forma de tocar, recebeu ainda jovem, um prêmio concedido anualmente para o melhor trombonista do nordeste, no programa de TV de José Castelão.

Mais tarde veio para o Rio de Janeiro com o conjunto Flor de Cactus, quando passou a tocar bateria, participando também dos grupos de Geraldo Azevedo, Luis Melodia, Gonzaguinha, Tim Maia, Selma Reis, Luizão Maia, Jota Moraes, Nico Assumpção, Leila Pinheiro, entre outros. Entretanto, o trompete não ficou de lado. Neguinho inovou, criando uma maneira de tocar simultaneamente os dois instrumentos, sem que se percebesse a ausência de qualquer um deles. O baterista eventualmente “tira da manga” seu trompete, tocando os dois instrumentos com a mesma intensidade, swing e elegância.

DUOFEL


Composto por Luiz Bueno, paulistano, 57 anos e Fernando Melo, alagoano de Arapiraca, 52 anos, a musica do DUOFEL é resultado de 30 anos de pesquisas, ensaios e shows diversos. Eles têm em comum o fato de serem autodidatas e de acreditarem, com rara obstinação, no sucesso de uma proposta musical. Luiz tocava guitarra elétrica desde muito cedo em conjuntos de baile pela noite paulistana: The Ventures, Beatles e Rolling Stones no cardápio. Fernando, apaixonado por Elvis Presley, começou como cantor de rock num conjunto formado por seus irmãos.

O encontro dos dois aconteceu em São Paulo, onde Fernando veio tentar a sorte em 1977. Passaram a tocar juntos, Fernando, baixo e Luiz, guitarra no grupo de rock progressivo instrumental "Boissucanga". A situação financeira difícil determinou o final do grupo mas a identificação entre Fernando e Luiz estava estabelecida e a vontade de fazer música juntos permaneceu.

Tocaram em circos, bares e churrascarias, acompanhando cantores. O trabalho do duo era desenvolvido paralelamente, até que Tetê Espíndola chamou-os para fazer parte de seu grupo. Nessa fase surgiu o nome "DUOFEL", que significa: dupla Fernando e Luiz. Rapidamente se transformaram num sucesso de crítica e público com sua mistura original de jazz, pop, rock e MPB. Lançaram seu primeiro disco, Duofel Dico Mix, em 1987. Em 1992, com Hermeto Pascoal, participaram de inúmeros shows pelo Brasil. No ano seguinte, lançaram o CD Duofel, pelo selo Camerati, com composições de Egberto Gismonti, Caetano Veloso, Hermeto Pascoal, entre outros. A faixa Do Outro Lado do Oceano deste CD recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Música Instrumental do ano.

O Festival de Pirenópolis terá o privilégio de testemunhar os 30 anos desta parceria musical, quando os dois deverão apresentar diversas fases desta parceria, registradas nos 10 cds e 1 DVD e ainda temas inéditos.

MARCELO MAIA


Músico brasiliense, Marcelo Maia tem seu trabalho fundamentado na música instrumental. É produtor musical e arranjador. Durante a década de 90, morou por um tempo na Alemanha, onde teve a oportunidade de tocar com músicos de várias partes do mundo. É integrante do grupo Solo Brasil, e com ele excursionou por mais de 20 países (Cuba, México, Marrocos, Venezuela, Jamaica, Bahamas, Alemanha, Argentina, Uruguai, etc) contando a história da música popular brasileira.

Morando em Goiás, mas com os olhos e ouvidos voltados para o mundo , o trabalho de Marcelo Maia tem influências de gêneros e ritmos os mais diversos, porém com linguagem e sotaque da região central do Brasil, mais especificamente de Goiás. Nos seus 2 CDs, o músico mostra esta diversidade e conta com a participação de grandes músicos brasileiros, como: Kiko Continentino, Toninho Horta, Márcio Bahia, Marcelo Martins, William Magalhães, Gustavo di Dalva entre outros.

Com o seu trio, que é formado por Dejan Cosic (piano) e Fred Valle (bateria), Marcelo Maia mostra composições próprias de seus discos e ainda composições inéditas, frutos de novas pesquisas musicais que dará origem ao seu novo DVD.

JOATAN NASCIMENTO QUARTETO


Joatan Nascimento Quarteto com Serginho Trombone (homenagem a Márcio Montarroyos)

Muito influenciado pelo som de Márcio Montarroyos, o alagoano Joatan Nascimento é um dos mais reconhecidos trompetistas de sua geração. A música está no seu sangue desde muito cedo. Com apenas onze anos de idade já participava em diversos conjuntos de música popular. Pouco antes de completar vinte anos, em 87, muda-se para Salvador onde se gradua em trompete pela Escola de Música da UFBA. Desde 1989 é membro da Orquestra Sinfônica da Bahia. Sua sólida formação inclui aprendizado com os maestros Isaac Karabchevsk, Roberto Duarte, Julio Medaglia, entre outros. A dinâmica cena musical de Salvador não fica indiferente ao talento do jovem trompetista. Artistas como Carlinhos Brown, Banda Eva, Fred Dantas, Banda Cheiro de Amor, Chiclete com Banana e Ivete Sangalo o requisitam para diversas gravações ao vivo e em estúdio. Em 1994 participa do show do lendário percussionista porto-riquenho Tito Puente no Fest'in Bahia e desde 1995 integra a banda de Daniela Mercury. Em 1998 participa da turnê Livro Vivo, de Caetano Veloso, e em seguida, também com Caetano, participa dos shows e da gravação do CD ao vivo Prenda Minha. Quatro anos depois faz seu debut solo, com Eu Choro Assim, disco que traz um repertório exclusivamente de chorinhos para trompete, com um insólito acompanhamento de um trio de celos, ao lado de uma pequena orquestra e de um tradicional regional de choro.

Neste show em homenagem ao trompetista carioca, Joatan Nascimento conta com a presença do ilustre convidado especial Serginho Trombone, que conviveu de perto com Márcio Montarroyos por mais de trinta anos. Ao lado de Joatan Nascimento e Serginho Trombone nas apresentações em Pirenópolis estarão Luizinho Assis, ao piano, Cezário Leony, contrabaixo e Guimo Migoya, baterista.